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Smartwatch oferece riscos para quem tem marca-passo? Entenda

Estudo sugere que dispositivos como smartwatch oferecem riscos para pacientes com aparelhos eletrônicos cardíacos, como marca-passo

Smartwatch oferece riscos para quem tem marca-passo? Entenda - Foto: Shutterstock

Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, sugerem que dispositivos como o smartwatch e o smartphone podem trazer sérios riscos para pessoas com dispositivos eletrônicos cardíacos implantáveis (DCEIs), categoria da qual o marca-passo faz parte. O estudo foi publicado na revista Heart Rhythm na última terça-feira, 21.

Esta não foi a primeira vez que dispositivos como o smartwatch e o smartphone foram objetos de pesquisas científicas. O foco costuma ser a interação entre esses aparelhos, principalmente aqueles com capacidade de realizar monitoramento cardíaco

Estudos anteriores sugerem que quase todos, senão todos, os dispositivos cardíacos implantáveis (como o marca-passo) sofrem interferência desses aparelhos. Isso ocorre devido ao campos magnético, quando há dispositivos eletrônicos próximos.

A equipe responsável pelo estudo analisou como funcionam esses dispositivos de ressincronização cardíaca. Eles aplicaram correntes elétricas muito pequenas e imperceptíveis em pessoas que utilizam os dispositivos de monitoramento cardíaco. Essas correntes são similares àquelas de acessórios inteligentes, como o smartwatch.

Os impulsos geraram uma interferência elétrica nos acessórios que excede as diretrizes  aceitas pela Food and Drug Administration (agência reguladora de saúde dos EUA), e prejudicaram o funcionamento adequado dos DCEIs, de acordo com os cientistas.

Smartwatch oferece algum risco?

Apesar disso, os resultados não representam um risco imediato ou claro para os pacientes que usam os rastreadores, explica Benjamin Sanchez Terrones, professor assistente da Universidade de Utah e principal autor da pesquisa. No entanto, ele afirma que os diferentes níveis da corrente emitidos podem resultar em interrupções de estimulação dos aparelhos ou choques cardíacos desnecessários.


Ainda de acordo com o Benjamin, as descobertas exigem futuros estudos clínicos que examinem pacientes com DCEIs e acessórios inteligentes. “Nossa pesquisa é a primeira a estudar dispositivos que empregam tecnologia de detecção de bioimpedância, além de descobrir possíveis problemas de interferência com DCIEs. Precisamos testar em uma coorte mais ampla de dispositivos e em pacientes com esses dispositivos”, afirma em nota de divulgação do trabalho.

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