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Septicemia: entenda quadro que causou a morte de David Miranda

Ex-deputado passou 9 meses internado na UTI para tratar infecção gastrointestinal e sofreu sucessivas infecções, em quadro de septicemia

Septicemia: entenda quadro que causou a morte de David Miranda
Septicemia: entenda quadro que causou a morte de David Miranda - Foto: Reprodução Instagram (@davidmirandario)

O ex-deputado federal David Miranda morreu no Rio na manhã desta terça-feira (9), aos 37 anos. Ele faria 38 anos nesta quarta (10) e deixa o marido, o jornalista Glenn Greenwald, e três filhos. David passou 9 meses internado na UTI para tratar um quadro de infecção gastrointestinal — período em que foi alvo de uma série de infecções, em um quadro de septicemia.

Infecção gastrointestinal

Miranda foi internado no dia 6 de agosto de 2022 na Clínica São Vicente, na Gávea, para tratar uma infecção gastrointestinal. De acordo com o Dr. Marcelo Neubauer, médico infectologista e acupunturista do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), a condição normalmente é resultado do consumo de alimentos deteriorados e estragados.

A grande maioria dos quadros de infecção gastrointestinal são virais. Nesses casos, a infecção é autolimitada, não é grave, e o paciente pode ter um pouco de diarreia e vômito. Nos adultos saudáveis, o quadro evolui bem, sendo mais complicado nas crianças e nos idosos.

“A melhor maneira de prevenir essas infecções é tomar cuidado com a higiene e a procedência dos alimentos, se ele não está deteriorado ou não. Alguns desses agentes que provocam essas infecções contaminam o alimento, mas não mudam nem o gosto nem o aspecto do alimento”, aconselha o médico.

Existem também as infecções bacterianas, que são mais graves e podem ter uma evolução pior, explica Marcelo. Alguns alimentos que mais se contaminam por bactérias são aqueles com muita gordura, como chantilly e maionese, por exemplo. “Por isso, eles precisam ser tratados com cuidado, não podem ficar fora de refrigeração muito tempo e têm que ser manipulados com o máximo de higiene possível, inclusive a higiene de quem está preparando”, destaca.

Sintomas

O Dr. André Augusto Pinto, cirurgião geral e cirurgião bariátrico da Clínica Gastro ABC, aponta os principais sintomas relacionados às doenças gástricas:

  • Azia;
  • Queimação retroesternal;
  • Dor epigástrica;
  • Refluxos persistentes, pós-alimentares ao deitar ou ao acordar;
  • Dor abdominal difusa;
  • Náuseas;
  • Vômitos.

Geralmente, estes sinais estão associados a alimentos que estimulam a produção ácida do estômago. É o caso, por exemplo, de gorduras, frituras, enlatados, embutidos, comida com muito molho, principalmente molho de tomate, e condimentos em geral como pimenta, pimentões, catchup e mostarda. Além disso, é importante estar alerta com os refrigerantes, bebida alcoólica, sucos e frutas ácidas e doces em geral em excesso, alerta o especialista. 

O médico indica sempre procurar atendimento médico especializado quando os sintomas forem frequentes e recorrentes e que não melhoram com dieta, mudanças do hábito alimentar e de vida e medicamentos sintomáticos. “Quando os sintomas forem muito intensos e persistentes, sem melhora com analgésicos comuns, sempre procure o pronto-socorro para uma avaliação de urgência por um médico generalista”, alerta.

Septicemia

A pressa para buscar atendimento médico e tratamento tem uma justificativa: a septicemia. De acordo com o Dr. Marcelo, esta é uma reação exacerbada do corpo frente a um quadro de infecção bacteriana grave. “Normalmente, nosso organismo produz uma resposta imunoinflamatória muito violenta que começa a deteriorar a função de alguns órgãos do corpo”, explica. 

Segundo ele, o diagnóstico ocorre quando o paciente está com a pressão baixa, febre ou hipotermia (temperatura abaixo do normal) e as frequências cardíaca e respiratória altas. “É uma grave emergência clínica que precisa de tratamento muito rápido, pois a cada hora que se passa sem o tratamento adequado a mortalidade aumenta significativamente”, afirma o médico infectologista.

As sepses, nas suas formas mais graves, podem evoluir para choque séptico. Isto é, a pressão fica tão baixa que os nossos órgãos recebem menos oxigênio do que deveriam receber pelo sangue. Isso pode levar a um quadro de insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas, que quase sempre é fatal.

“A melhor maneira de prevenir a sepse é evitar ter uma infecção. E, na ocorrência de uma, procurar imediatamente um atendimento médico para o tratamento adequado o mais breve possível”, destaca.

As doenças do estômago como a gastrite e o refluxo gastroesofágico estão presentes em grande parte da população, atingindo até 20% da população adulta brasileira, estima o Dr. André. Geralmente seus sintomas são leves, passageiros e esporádicos.

“No entanto, se esses sinais se tornarem mais intensos, crônicos, com piora progressiva, é importante procurar um atendimento com especialista nas áreas de gastroenterologia, cirurgia geral e cirurgia do aparelho digestivo. Isso porque existem muitas doenças mais graves do aparelho digestivo que podem apresentar sintomas muito parecidos, principalmente no seu início”, adverte o profissional.

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