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Estenose aórtica: entenda a doença comum entre idosos

A estenose aórtica faz o coração trabalhar mais para bombear o sangue, dificilmente apresenta sintomas e pode causar morte súbita

Estenose aórtica: entenda a doença comum entre idosos
Estenose aórtica: entenda a doença comum entre idosos - Foto: Shutterstock

Dados demográficos mostram que, assim como muitos países do mundo, a população brasileira está envelhecendo. Isso significa que há um aumento do número de idosos e diminuição da proporção de jovens. Esse novo perfil populacional impacta nas políticas de saúde pública, já que muitas doenças antes despercebidas passam a se tornar mais comuns. 

Uma delas é a estenose aórtica, decorrente da degeneração e calcificação da válvula aórtica. O quadro dificulta a saída do sangue do coração para a aorta, prejudicando a circulação sanguínea. Consequentemente, isso força o coração a trabalhar mais para bombear o sangue. 

Estenose aórtica

Segundo o médico cardiologista intervencionista, e membro da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), Dr. Rogério Sarmento Leite, a condição atinge de 3% a 5% da população idosa brasileira (até 1 milhão de pessoas).

O médico explica que a estenose pode ser secundária a vários fatores: doenças adquiridas, congênitas, autoimunes, infecciosas, etc. Às vezes, é traiçoeira e de rápida progressão após o surgimento dos sintomas. Entre os sinais da doença, Rogério aponta cansaço, desmaios, pressão ou dor no peito e arritmia cardíaca, podendo também se manifestar com morte súbita. 

“O diagnóstico é simples, rápido e formulado com dados de um exame físico normalmente feito em consultas radiológicas e que é confirmado por um ecocardiograma. O tratamento envolve medicamentos que amenizam os sintomas, mas os casos graves necessitam de técnicas substitutivas da válvula degenerada”, afirma o médico.

TAVI

A cirurgia cardíaca convencional com troca da válvula aórtica reduz sintomas e aumenta a sobrevida do paciente. Porém, pode apresentar complicações e altas taxas de mortalidade. Nesse contexto, se desenvolveram técnicas minimamente invasivas. O implante transcateter de bioprótese valvar aórtica, a TAVI (do inglês Transcatheter Aortic Valve Implantation), por exemplo, já é a opção terapêutica preferencial. 

“Trata-se de um procedimento seguro, efetivo, realizado por uma equipe multidisciplinar e com anestesia local. Através de uma punção com agulha de uma artéria da perna na região da virilha, se introduz uma prótese de tecido biológico montada em um cateter de fina espessura que é implantada no local da válvula deteriorada”, detalha o cardiologista. 

Para o médico, este é um fato histórico. Isso porque é um procedimento que busca recuperar a fronteira da inovação e iniciar um novo ciclo no tratamento da alta complexidade cardiológica no Brasil.

“Esse procedimento foi realizado pela primeira vez em 2002, na França, e permite a substituição da válvula nativa por meio de um procedimento via cateter, que é introduzido por um acesso vascular arterial geralmente na virilha do paciente, à semelhança de uma angioplastia com implante de stent coronário. Característica que o torna rápido e mais seguro para idosos, com impacto social para a família e potencialmente para o sistema público de saúde”, destaca. 

Brasil avança no tratamento da estenose aórtica no SUS

Apesar de já estar liberada no Brasil a uma década e meia, a técnica somente estava disponível na rede privada de saúde. Em 2021 entrou no rol de cobertura dos planos de saúde e em 2022, passou a estar disponível no SUS. 

No longo período desde sua liberação, a cardiologia brasileira realizou um importante trabalho de especialização e de capacitação para a TAVI, liderado pela SBHCI através da realização de debates, simpósios, treinamentos e cursos. 

 “Hoje, os cardiologistas intervencionistas brasileiros estão entre os especialistas mais capacitados e reconhecidos no mundo para a implantação da TAVI, técnica que acompanha a tendência moderna de tratamentos menos invasivos, com foco na segurança e na qualidade de vida do paciente no pós-procedimento”, afirma Dr. Ricardo Costa, presidente da SBHCI.

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