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Dia do Orgasmo: o que fazer para chegar no auge do prazer

O orgasmo pode ser experimentado por homens e mulheres, mas para elas é mais difícil chegar ao auge. Saiba como mudar isso

Dia do Orgasmo: o que fazer para chegar no auge do prazer
Dia do Orgasmo: o que fazer para chegar no auge do prazer - Foto: Shutterstock

O Dia Mundial do Orgasmo é comemorado nesta segunda-feira (31/07). A data foi criada por uma rede de sex shops da Inglaterra e celebra o momento de maior prazer sexual – isto é, o pico da excitação. 

O orgasmo dura poucos segundos, e pode ser experimentado por homens e mulheres. No entanto, para elas pode ser um pouco mais difícil atingir o auge. Dentre as razões para isso há uma série de fatores. A principal é não conhecer o próprio corpo e o que mais gera prazer.

Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por exemplo, aponta que 40% das mulheres ainda não se masturbam. A falta de informação, de fontes confiáveis e os tabus que ainda envolvem o tema são os grandes vilões do prazer, indica Mariana Betioli, CEO da Inciclo e obstetriz especialista em saúde íntima. 

Em comemoração ao Dia do Orgasmo, Mariana tira as principais dúvidas em relação ao prazer feminino.

A importância do autoconhecimento e da masturbação

O autoconhecimento, segundo a especialista, é imprescindível quando o assunto é prazer. Nesse sentido, a masturbação pode ser um ponto de partida interessante para que a mulher se conheça e entenda o que lhe satisfaz. “Saudável e recomendada por especialistas, a masturbação é um dos principais tabus e envolve, além do prazer, oportunidades de autoconhecimento para quem se toca”, comenta. 

“A pessoa passa a se conhecer melhor, a saber como seu corpo funciona e o que mais gosta, o que acaba melhorando muito a vida sexual a dois. Além disso, fortalece o assoalho pélvico, melhora o sono, alivia o estresse, diminui a ansiedade, aumenta a libido, melhora a autoestima, o humor e aumenta a imunidade”, completa Mariana. 

A masturbação é também, segundo ela, uma forma de ajudar mulheres a chegar ao orgasmo. “Segundo um estudo de Edward Laumann da Universidade de Chicago, apenas 29% das mulheres chegam ao orgasmo em relação com parceiro, portanto, para chegar lá, é recomendado que a mulher pratique e saiba o que a estimula”, explica. 

Diferentes tipos de orgasmos

Entrando mais afundo no orgasmo feminino, Mariana explica que pode ser de diferentes tipos e nem sempre estar relacionado à área genital. “É possível atingir o orgasmo com estímulos em diferentes áreas diferentes do corpo como clítoris, vagina, colo do útero, seios e anus. Além disso, é possível também chegar ao orgasmo mesmo sem estímulos físicos, como pode acontecer durante o sono por exemplo”, conta ela.  

Ter um orgasmo significa ejacular?

O orgasmo feminino, segundo Mariana, pode ou não estar associado à ejaculação. “Ejaculação e orgasmo são eventos diferentes, que podem acontecer juntos ou não. Somente 5% das mulheres ejaculam durante o sexo e o fato de terem squirting não necessariamente significa que o orgasmo dessas pessoas é mais intenso do que daquelas que não ejaculam”, aponta.

Orgasmo e masturbação

Falando em fluidos corporais, Mariana vai além ao unir dois grandes tabus da intimidade feminina, relacionado aos benefícios plurais do orgasmo durante a menstruação. Segundo a especialista, o orgasmo pode funcionar como fonte de alívio para cólicas menstruais. 

“A cólica é a contração do útero para expelir a menstruação. Durante o orgasmo, o útero também contrai, mas relaxa totalmente em seguida. Esse relaxamento é um dos responsáveis pelo alívio das cólicas. Durante o orgasmo, o corpo também libera ocitocina, endorfina e dopamina, que vão promover uma sensação de bem-estar, relaxamento e a percepção de dor”, detalha a especialista.

Há ainda no período menstrual, em grande parte das mulheres, um aumento de libido que muitas vezes acaba reprimido seja evitando a masturbação ou mesmo o sexo, por causa do sangue e toda a bagunça que pode acontecer. 

“Nestes casos, indico o uso do disco menstrual, um tipo de coletor que é colocado no fundinho da vagina e mantém o sangue dentro do corpo mesmo durante o orgasmo. Ele possibilita que a mulher se toque, use brinquedos erótico ou mesmo tenha sexo com penetração sem que o sangue vaze”, aconselha a CEO da Inciclo.

Benefícios que o orgasmo proporciona à saúde

Além de ser uma experiência de intenso prazer, o orgasmo também traz benefícios à saúde. Os grandes responsáveis por isso são a oxitocina e a dopamina, os dois principais hormônios responsáveis ​​pelas boas sensações que a pessoa experimenta. 

A oxitocina é o hormônio capaz de reduzir o nível de estresse, enquanto a dopamina controla as respostas mentais e emocionais, facilitando assim o sentimento de felicidade. A mistura dessas substâncias químicas causa efeitos positivos na saúde mental.

Segundo a sexóloga do Gleeden, Luciane Cabral, o ato de chegar ao orgasmo faz bem também ao físico e pode até evitar até mesmo dores. “As contrações musculares e toda a irrigação sanguínea da região ajudam a manter um bom assoalho pélvico, prevenindo flacidez local e ajudando, por exemplo, em questões de escape urinário”, explica.

“Além disso, as liberações hormonais do orgasmo aliviam cólicas menstruais, estresse, dores de cabeça, melhora a autoestima e provoca sensação de relaxamento e satisfação. Antes de dormir, auxilia em uma noite mais restauradora”, acrescenta Luciane.

Guia para conhecer seu próprio corpo

Quer experimentar um orgasmo, mas ainda tem dúvidas sobre seu corpo? Mariana preparou um guia que pode ajudá-la a se conhecer melhor: 

Vulva

A vulva é a parte externa da genital, onde tem os lábios internos, externos, a uretra, o clitóris, a entrada da vagina e o monte de vênus. 

Vagina

A vagina é a parte interna. O canal vaginal tem de 7 a 10 cm de comprimento e no fundo dele está o colo do útero, por onde sai a menstruação. A vagina é muito elástica, as paredes internas têm ondulações justamente para poder expandir.

Logo na entrada da vagina, na parte de cima, tem duas glândulas que são responsáveis pela lubrificação e é por onde sai o líquido ejaculatório. Na parte de baixo, estão outras duas glândulas por onde sai a secreção responsável pela lubrificação. 

Clitóris 

A ponta do clitóris fica logo em cima do canal da uretra. Ele fica recoberto por uma pelinha. O restante da estrutura do clitóris é interna; a estrutura é similar ao formato de duas pernas, que ficam em volta da entrada da vagina. 

Ponto G

O ponto G não é uma estrutura específica, mas sim uma região bem sensível que fica atrás do clitóris. Para estimulá-lo, tocamos por dentro logo na entrada vagina na parte superior. 

Colo do útero 

O colo do útero é a parte de baixo do útero que fica no fundo do canal vaginal e por onde sai a menstruação. É essa estrutura que dilata durante o trabalho de parto para a passagem do bebê.  

Qualquer pessoa pode tocar o próprio colo do útero. É só lavar as mãos e inserir um ou dois dedos na vagina até sentir uma parte mais durinha. A sensação se parece com a de tocar a ponta do nariz. 

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