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Dia do Beijo: beijar é bom, mas também é arriscado; entenda

Quem não gosta de ganhar um beijo? Médica explica porquê a troca de afeto pode ser arriscada à saúde e quais doenças ela pode causar

Dia do Beijo: beijar é bom, mas também é arriscado; entenda
Dia do Beijo: beijar é bom, mas também é arriscado; entenda - Foto: Shutterstock

Beijar é uma das principais formas de demonstrar afeto do mundo. Esse gesto cultural, cujos primeiros registros datam de 1200 a.C, é, sem dúvidas, um dos comportamentos mais prazerosos e mais importantes à criação de conexões humanas. Sua importância é tamanha que o ato ganhou uma data para chamar de sua: 13 de abril, o Dia do Beijo. 

A data é também uma oportunidade para falar sobre os impactos do beijo no corpo, especialmente no que se refere à saúde. Isso porque, apesar das diferentes sensações positivas causadas, a ação de beijar pode também transmitir doenças, principalmente se o sistema imunológico de uma das pessoas envolvidas estiver comprometido.

Doenças transmitidas pelo beijo

A estomatologista Lígia Gonzaga Fernandes, do Centro de Especialidades Odontológicas II Vera Cruz (CEO), gerenciado pelo CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, afirma que, em muitos casos, as doenças são transmitidas pela troca de saliva.

“Há situações em que apenas as gotículas do fluido já são suficientes para transmitir vírus respiratórios como a gripe, Covid-19 e H1N1, além de outras doenças, como mononucleose (doença do beijo), catapora e caxumba”, explica.

Não só isso, existem também os quadros que se originam a partir da presença de feridas na boca. Nestes casos, a pessoa infectada pode transmitir enfermidades como herpes, HPV, sífilis e candidíase oral, apelidada entre os brasileiros de “sapinho”, entre outras doenças.

“O ideal é evitar o contato íntimo com pessoas que apresentam esse sintoma. Mas, é importante lembrar que a maioria, muitas vezes, nem sabe que está infectada, o que acaba facilitando ainda mais o contágio”, alerta a especialista.

Entre as doenças de maior incidência durante o beijo, a profissional destaca o herpes labial; a mononucleose, popularmente conhecida como “doença do beijo”; e as doenças respiratórias, causadas por vírus. A médica descreve cada uma delas. Confira:

Herpes labial

O herpes labial é uma infecção viral, causada pelo herpes simplex 1 (HSV-1). Normalmente, quando infectada, a pessoa apresenta sintomas como coceira, ardência e sensação de formigamento na boca.

Logo após o aparecimento destes sinais, é comum o surgimento de pequenas bolhas na região, que podem se romper e liberar um líquido que contém o vírus. É exatamente nesta fase que o risco de transmissão para outras pessoas é maior, exigindo um cuidado redobrado.

Doença do beijo

A mononucleose, ou doença do beijo, também é uma infecção viral causada pelo Epstein-Barr (EBV). Transmitida pela saliva, a doença afeta principalmente o público mais jovem. Neste quadro específico, é comum que as pessoas infectadas sintam dor de garganta, fadiga, febre e inchaço dos gânglios.

Doenças respiratórias

No geral, a gripe destaca-se como uma das doenças respiratórias mais transmissíveis por meio de beijos. A infecção é causada pelo vírus influenza e pode provocar sintomas como febre e dores na garganta, no corpo e na cabeça, além de tosse e outros sintomas. Dentro desta doença, o H1N1 é classificado no grupo A do vírus e também pode ser facilmente transmitido, causando sintomas muito semelhantes, porém, mais fortes.

E, claro, não podemos esquecer da Covid-19, que ainda é bastante presente na população, apesar da diminuição no número de casos. Essa enfermidade, causada por diferentes variações do vírus, é grave e pode gerar dores de cabeça e garganta, febre, tosse seca, perda do olfato e paladar, diarreia e, em casos mais graves, dificuldades para respirar e dor no peito, entre outros sintomas.

Sapinho

A candidíase oral, ou sapinho, é uma micose na boca que se origina a partir do acúmulo do fungo Candida albicans, que costuma viver na pele e em mucosas. A sua principal característica é a presença de pontos esbranquiçados na língua, gengiva, parte interna das bochechas e, dependendo do grau da infecção, nos lábios.

Quando buscar ajuda?

Que beijar é prazeroso, todos sabemos. Ainda assim, é preciso ficar em alerta ao sentir qualquer um dos sintomas. Em todo o caso, recomenda-se buscar o atendimento especializado ao perceber qualquer alteração nas regiões da boca e lábios.

“O aparecimento de feridas dentro e ao redor da boca, mal-estar, febre, dor de garganta e inchaço no pescoço são alguns dos principais sinais para buscar ajuda profissional”, afirma Lígia.

A partir do atendimento médico, é possível atingir o diagnóstico correto através de exames e o melhor tratamento. Por isso, a importância desse tipo de assistência. “O tratamento varia de acordo com a doença. O herpes labial, por exemplo, é tratado com terapia antiviral. Já o sapinho, com medicações antifúngicas. Quanto a outras infecções, eventualmente, é necessário esperar o curso da doença e apenas controlar os sintomas com antitérmicos, anti-inflamatórios e analgésicos, como é o caso da mononucleose”, finaliza a profissional.

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