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Câncer de ovário dificilmente tem diagnóstico precoce; entenda

O câncer de ovário é uma das neoplasias mais comuns entre as mulheres. No entanto, raramente é possível diagnosticá-lo cedo

Câncer de ovário dificilmente tem diagnóstico precoce; entenda
Câncer de ovário dificilmente tem diagnóstico precoce; entenda - Foto: Shutterstock

O dia 8 de maio é definido como o Dia Mundial do Câncer de Ovário, a 7ª neoplasia mais comum entre as mulheres brasileiras. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o país registra 6 mil novos casos todos os anos. A nível global, este é o 8º tipo de câncer mais frequente, podendo chegar a 300 mil casos novos por ano.

Câncer de ovário

O câncer de ovário é uma neoplasia invasiva das gônadas femininas. Isto é, uma replicação desordenada de células malignas que invadem primeiro o ovário. Conforme a doença avança, essas células podem se espalhar para os órgãos da pelve e abdome superior, assim como as vísceras como o fígado ou o pulmão. 

A Dra. Sophie Derchain é ginecologista e membro da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Oncológica da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Ela esclarece que é importante entender que, na maior parte das vezes, mulheres que apresentam um tumor ou cisto no ovário não têm câncer, mas sim uma lesão funcional ou benigna.

“Não tem um programa de rastreamento de câncer de ovário para mulheres da população geral, justamente porque tem muitos tumores ovarianos benignos. Ao fazer exames de imagem ou de sangue em mulheres sem sintomas, acaba se indicando muitas cirurgias desnecessárias e que apresentam complicações”, explica.

Além disso, como os cânceres de ovário muitas vezes aparecem rapidamente, raramente têm detecção em estágios iniciais. Por isso, fazer exames periódicos não diminui a mortalidade das mulheres rastreadas, alerta a médica. 

Perimenopausa e pós-menopausa são fatores de risco

O câncer de ovário atinge principalmente mulheres na perimenopausa e na pós-menopausa. Além disso, o risco aumenta devido a alguns fatores, como, por exemplo:

  • Histórico de incidência em parentes de 1º grau;
  • Nuliparidade (condição em que a mulher é incapaz de reproduzir);
  • Idade fértil atrasada;
  • Menarca precoce;
  • Menopausa atrasada;
  • Histórico pessoal ou familiar de câncer de mama, endometrial ou de cólon.

A doença costuma ser traiçoeira, mas é evitável em alguns casos. “Não é possível prevenir todos os tipos de cânceres de ovário, mas, gravidezes, lactação, menopausa precoce, uso de contraceptivo hormonal são associados a diminuição do risco”, afirma Sophie.

A origem dos carcinomas de ovário está relacionada a células que chegam ao ovário pela tuba uterina. Assim, ao indicar uma laqueadura como método contraceptivo, pode ser oferecida a salpingectomia (retirada da tuba). “Hoje se preconiza retirar a tuba quando a mulher tem uma indicação de histerectomia por doença benigna. Por fim, algumas mulheres apresentam alterações genéticas e, assim, em toda mulher com carcinoma de ovário é solicitado um painel genético que identifica essas mutações”, finaliza.

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