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Brasil é o segundo país no mundo com mais casos de hanseníase

A campanha Janeiro Roxo serve para conscientizar sobre a doença. Conheça os principais sintomas da hanseníase

Brasil é o segundo país no mundo com mais casos de hanseníase
Brasil é o segundo país no mundo com mais casos de hanseníase - Foto: Shutterstock

O Brasil tem 28.660 casos de hanseníase, ficando em segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas da Índia (120.334 casos), indicam dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2019. Anualmente são detectados cerca de 200 mil novos casos de hanseníase no mundo. Somente em 2021 o Brasil diagnosticou 15.155 casos novos da doença.

A doença tem cura, mas o fato de ser contagiosa acende um alerta sobre sua transmissão dentro do país. Por isso, foi criado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, celebrado sempre no último domingo do Janeiro Roxo, que este ano será dia 29/01/2023.

Hanseníase

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A condição atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos (braços e pernas). Além disso, também pode ocasionar lesões neurais, podendo acarretar danos irreversíveis, inclusive exclusão social, caso o diagnóstico seja tardio ou o tratamento inadequado.

A dermatologista Dra. Adriana Vilarinho destaca a importância de identificar a doença logo no início dos sintomas. “O diagnóstico precoce é fundamental, já que quanto mais rápido for diagnosticada, menores serão as complicações e as sequelas provocadas pelo comprometimento dos nervos periféricos que caracterizam essa doença”, alerta a médica.

Ela explica que a transmissão da hanseníase ocorre pelas vias respiratórias (fala, espirro ou tosse), durante o convívio prolongado com o doente sem tratamento ou por aqueles que ainda desconhecem a doença. “Mas quando já se inicia o tratamento, o contágio deixa de acontecer”, tranquiliza.

Sinais de alerta

A especialista reforça que é preciso ter atenção aos sinais. Conforme o Ministério da Saúde, os sintomas mais frequentes da hanseníase são:

  • Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou área (s) da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato);
  • Comprometimento do (s) nervo (s) periférico (s) – geralmente espessamento (engrossamento) –, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
  • Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
  • Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
  • Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
  • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. 

Distribuição de testes

Na última terça-feira (24), o Ministério da Saúde organizou o evento Hanseníase no Brasil com objetivo de divulgar ações contra a hanseníase. A pasta anunciou a distribuição de 150 mil testes rápidos para detecção da doença. Os materiais serão distribuídos para todo Brasil a partir de fevereiro e serão destinados a pessoas que tiveram contato com pacientes que tiveram confirmação do diagnóstico.

Ainda segundo a pasta, o Sistema Único de Saúde (SUS) contará com dois novos exames de apoio: o teste rápido (sorológico) e o de biologia molecular (PCR).

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